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Emmanuel Macron fala em ‘fratura democrática’ em carta aberta aos franceses

O presidente da França intensifica a campanha contra a ‘extrema direita’ nas eleições legislativas

Emmanuel Macron, o presidente da França, redigiu uma carta aberta ao povo francês que foi publicada nesta segunda-feira, 24, em periódicos regionais. Na carta, ele explica a ação de dissolver a Assembleia Nacional e expressa críticas à “extrema direita” e à extrema esquerda.

Emmanuel Macron declarou que existe uma “fratura democrática” na nação. “Não sou cego e entendo a ‘fratura democrática’, a divisão entre o povo e os dirigentes do país”, escreveu. “É preciso mudar profundamente a forma de governar.”

A intensificação da disputa política na França ocorre em face das eleições legislativas de 30 de junho.

A dissolvição da Assembleia Nacional

Emmanuel Macron, em carta, respondeu às críticas recebidas devido à dissolução da Assembleia Nacional. O chefe de estado francês afirmou que essa foi “a única decisão que poderia fazer o país avançar e se unir”.

Ele mencionou ainda aspectos que vê como desfavoráveis nos programas dos partidos de “extrema direita” e da extrema esquerda. Esses grupos estão no topo das pesquisas de intenção de voto. Na visão do presidente, apenas o bloco de centro pode oferecer uma opção de estabilidade para a nação.

O líder do governo francês declara ter entendido “o sentimento de revolta dos franceses” voltado para ele. De acordo com Macron, isso levou ao triunfo da “extrema direita” nas eleições europeias. Alguns analistas interpretaram a carta como um “ato de contrição”.

Prefeita de Paris condena decisão de Macron de antecipar eleições antes das Olimpíadas

A decisão de Emmanuel Macron de dissolver o Parlamento e convocar eleições nacionais antes das Olimpíadas foi criticada por Anne Hidalgo, prefeita de Paris, no início do mês.

A capital francesa sedia os Jogos Olímpicos de 26 de julho a 11 de agosto. Enquanto isso, a votação para a Assembleia francesa, que acontece em dois turnos, está marcada para os dias 30 de junho e 7 de julho.

“Como muitas pessoas, fiquei chocada ao ouvir o presidente decidir pela dissolução da assembleia pouco antes dos Jogos Olímpicos”, disse a prefeita. “É algo extremamente perturbador, uma medida que tenho dificuldade em compreender.”

Durante um evento com Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), a declaração foi feita. Após a direita se destacar nas eleições para o Parlamento Europeu, Macron dissolveu o Parlamento francês e solicitou uma nova eleição nacional. As informações são da Revista Oeste.

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Um Comentário

  1. Tomara que os franceses entendam que o atual presidente dele, é de extrema esquerda, que proibi as demais nações se desenvolver democraticamente. Democracia não é absolutismo de uma só visão. Em perdendo ele deviria renunciar.

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