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Evo Morales está ‘convencido’ de que revolta militar na Bolívia foi ‘autogolpe’

Ex-presidente acusa o atual chefe do Executivo, Luis Arce, de orquestrar a rebelião para ter mais popularidade

O ex-presidente boliviano, Evo Morales, acredita firmemente que a insurreição militar da última semana foi um “autogolpe” planejado pelo atual líder, Luis Arce. Morales proferiu esta afirmação no sábado, dia 29.

“Lucho nos enganou, mentiu para nós, mentiu para os bolivianos e para o mundo inteiro”, afirmou Evo Morales, segundo o jornal local La Razón. “Se foi um golpe ou um autogolpe, há debate. Mas estou mais convencido de que foi um autogolpe para melhorar a imagem dele ou para deixar a Presidência à junta militar.”

A revolta militar na Bolívia

Na quarta-feira, dia 26, forças militares ocuparam a Praça Murillo, localizada em La Paz, e fizeram uma investida contra a entrada do palácio presidencial utilizando um veículo blindado do Exército. O general Juan José Zúñiga, visto como o comandante do levante, foi destituído de seu posto na terça-feira, dia 25, após ameaçar Evo Morales.

Desde ontem, Zúñiga se encontra em um presídio de alta segurança, após um juiz estabelecer seis meses de prisão preventiva. O general, juntamente com mais dois militares, enfrenta acusações de encabeçar um levante, bem como de terrorismo e rebelião armada. Caso sejam condenados, uma sentença de 20 anos de prisão pode ser aplicada.

Evo Morales rompeu com Luis Arce

No ano de 2019, após acusações de fraude eleitoral e grandes protestos, Evo Morales deixou a presidência e procurou asilo no México. Em 2020, ele retornou à Bolívia após a vitória de Luis Arce, ambos membros do partido MAS. Porém, recentemente, discordâncias entre os dois levaram a uma divisão dentro do partido.

Eduardo Del Castillo, ministro do Governo, refutou as recentes alegações de Zúñiga. Imediatamente após sua prisão, o general atribuiu a Luis Arce a responsabilidade de orquestrar o golpe. Alegou-se que o militar estava apenas seguindo as instruções do presidente em exercício.

“As declarações de Zuñiga carecem de veracidade”, afirmou Del Castillo, em entrevista ao portal boliviano Unitel, na quinta-feira 27. “Ele já estava informado sobre a perda de seu cargo. Ele havia violado a Constituição.” As informações são da Revista Oeste.

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