Déficit primário do governo central atinge 60,983 bilhões de reais em maio, o pior desde 2020
No mês de maio, um déficit primário de 60,983 bilhões de reais foi registrado pelo governo central – composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – sendo o resultado mais desfavorável para o mês desde 2020, durante o pico da pandemia de Covid-19. No mesmo período do ano anterior, o déficit alcançou 45,014 bilhões de reais.
Neste ano, o déficit foi formado por um saldo negativo de 84 milhões de reais do Tesouro Nacional e 61,027 bilhões de reais da Previdência Social. Por outro lado, o Banco Central apresentou um superávit de 129 milhões de reais.
No mês passado, o superávit governamental foi de pouco mais de 11 bilhões de reais. O resultado primário do governo central até maio de 2024 registra um déficit de aproximadamente 30 bilhões de reais. O déficit acumulado nos últimos 12 meses até maio chega a 268,4 bilhões de reais, correspondendo a 2,36% do PIB (Produto Interno Bruto).
O texto sugere que o executivo de Lula está despendendo mais do que recolhe em receitas, não correspondendo à promessa de um déficit nulo para 2024. Caso o ano encerrasse neste momento, o déficit governamental equivaleria a 0,25% do PIB, tendo em conta a mediana das previsões para o PIB no “relatório Prisma Fiscal” de maio, que corresponde ao limite inferior da meta fiscal.
A expectativa de mercado para o déficit de maio era de cerca de 58 bilhões de reais, mas o resultado foi pior do que o previsto. Apesar disso, o governo tem conseguido aumentar a arrecadação. Comparado com maio do ano passado, a receita líquida do governo central cresceu 9% em termos reais (descontada a inflação), enquanto as despesas aumentaram 14% no mesmo período.
Esse padrão também é observado no acumulado do ano: de janeiro a maio de 2024, a receita líquida cresceu 9% e as despesas totais aumentaram 13%.
