Economia

Nível de competitividade do Brasil baixou tanto que se compara ao venezuelano, diz revista Exame

Brasil Permanece entre os Dez Menos Competitivos no Ranking Global por Cinco Anos Consecutivos

Por cinco anos seguidos, o Brasil aparece entre as dez piores colocações no ranking de competitividade global, produzido pelo Institute for Management Development (IMD), localizado na Suíça. Esses dados foram divulgados pela revista Exame.

A posição do país caiu duas posições na edição de 2024 divulgada nesta terça-feira, ocupando agora o 62º lugar entre 67 nações, comparado a sua posição em 2023.

Esta posição situa o Brasil próximo aos finais da lista, que conta com a Venezuela (67º), (66º) e Gana (65º). É notório que os lugares mais baixos são predominantemente ocupados por nações latino-americanas e africanas.

O levantamento, em sua 36ª edição, avalia 336 indicadores econômicos dos países analisados, agrupados em quatro categorias. Neste ano, três novos países foram incluídos no estudo: Nigéria, Gana e Porto Rico.

O líder da pesquisa no Brasil e diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC), Hugo Tadeu, ressalta que a competitividade econômica vai além do PIB e da produtividade. Ele acredita que fatores políticos, sociais e culturais têm uma importância fundamental. Segundo ele, os governos precisam estabelecer um ambiente que favoreça o desenvolvimento das empresas, com uma infraestrutura apropriada e políticas eficazes que promovam o crescimento empresarial.

Os países e regiões mais competitivos do mundo, segundo o ranking:

  1. Singapura
  2. Suíça
  3. Dinamarca
  4. Irlanda
  5. Hong Kong
  6. Suécia
  7. Emirados Árabes Unidos
  8. Taiwan
  9. Holanda
  10. Noruega

Os 10 países com menor competitividade:

  1. Bulgária
  2. Eslováquia
  3. África do Sul
  4. Mongólia
  5. Brasil
  6. Peru
  7. Nigéria
  8. Gana
  9. Argentina
  10. Venezuela

Em relação a outros quatro indicadores, o Brasil se destaca com uma boa performance, posicionando-se em quinto lugar: aumento do emprego a longo prazo, expansão do PIB real per capita, afluência de investimento estrangeiro direto e aproveitamento de energias renováveis.

Embora haja melhorias específicas, a Fundação Dom Cabral (FDC), colaboradora do IMD no ranking, destaca que a performance do Brasil ainda mostra fragilidades. Hugo Tadeu enfatiza a importância de políticas educacionais que estejam em acordo com os objetivos de crescimento do país, especialmente em relação à dívida corporativa, educação em gestão e habilidades linguísticas.

A Suíça e Singapura, líderes do ranking de competitividade, também se sobressaem em todos os níveis de educação. A FDC propõe que o Brasil deveria expandir programas de formação profissional e técnica, visando a preparação dos estudantes para o mercado de trabalho.

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